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 O início da minha Juventude Familiar

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Sir Gregalot

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MensagemAssunto: O início da minha Juventude Familiar   O início da minha Juventude Familiar Icon_minitimeSex Dez 26, 2008 10:13 pm

Boas! Eu tenho estado a prometer e prometer, e finalmente aqui está! O meu primeiro testamento, para que fique documentado neste grandioso fórum um dos momentos mais marcantes da minha vida... os meus primeiros dias com a Família. Segundo a minha memória, que, seja dito, é algo duvidosa...


Era uma certa noite de Verão. Uma noite quente e solitária. Tinha acabado de voltar de uma das melhores semanas da minha vida, no Algarve, e deparei-me com uma Leiria semi-vazia, enfraquecida pela ausência das pessoas nas férias de Verão. Os poucos colegas que se encontravam em Leiria recusavam-se obstinadamente a sair, talvez por preguiça, talvez por não conhecerem ainda a verdadeira essência da vida social nas ruas de Leiria. Dirigi-me solitário até ao Pátio do Barão. Apesar da ausência de acompanhamento, eu sabia, lá no fundo, que no Barão iria encontrar caras conhecidas. E foi quando, nas mesas localizadas no fundo da Beneficiência, uma voz amiga me disse. "Boas! Mekie? Junta-te aqui ao pessoal!"

Eu aproximei-me, cumprimentei as pessoas, e sentei-me naquela mesa preenchida de caras alegres mas desconhecidas. O empregado do Senhor Rocha (estamos ainda por saber o nome dele) aproximou-se da mesa. "Olhe, queria um Balde, se faz favor." "É para já!". E ao beber aquele néctar maravilha (já aqui discutido noutro tópico) começei a escutar as conversas paralelas. Nada parecia fazer sentido. Todos falavam de experiências que eu não tinha vivenciado, entre elas um certo Avante (mas isso é outra história, para ser contada por outra pessoa noutro dia). Era tudo tão estranho! Até que uma voz familiar se elevou sobre todas as outras. "Pessoal, bora ali para as escadas fazer essa?"
Como que automaticamente, todos os indivíduos presentes se levantaram e se dirigiram por uma certa rua acima. No topo escuro existiam uns degraus meio inclinados, mal alinhados, mas com um certo encanto muito acolhedor. Sentámo-nos. Connosco estavam variados Baldes e uma guitarra. Houve alguém a tomar as rédeas à bela máquina de fazer música, e uma melodia começou a jorrar, à qual juntei a minha voz. "Boa tarde Sr. Leitão! Que horas são? [...]" Foi mítico. Por esta altura já estava dominado por aquele ambiente mágico que me fazia sentir tão confortável, ali, com aquelas pessoas que já não mais me pareciam estranhos. Mas algo mais aconteceu. Uma voz, dominada pelo Espírito da Beneficiência, virou-se para mim e perguntou: "Fumas essa?" A resposta, apesar de óbvia, terá que ser guardada para todo o sempre no interior dos intervenientes.

O céu estava estrelado. Estava calor, apesar da adiantada hora da noite/manhã. Havia um ambiente de calmia, ritmado pela guitarra e pelas vozes calmas e suaves que se faziam ouvir a acompanhar o vôo individual de cada um de nós. Esporadicamente abria-se um tópico de conversa, com perguntas profundas e filosóficas, terminado tão rápidamente quanto começado, por uma resposta curta e semi-objectiva. Os ramos com espinhos aguçados que pendiam sobre nós prendiam-se de tempos em tempos na camisola de alguém, provocando eventualmente uns "fodasse" ou "caralho"s. No meio das questões levantadas, caídas em ouvidos fechados, houve então uma que se destacou. "Pessoal, isto é ou não é a melhor maneira de se passar uma boa noite em grupo?"
Eu no fundo concordei com a alma. Não podia concordar mais. Aquela magia, era algo que eu estava a vivenciar pela primeira vez em tamanha pureza.

Nos tempos que se seguiram o ritual repetiu-se. Sabia sempre ter alguém de braços abertos, pronto a receber-me com um sorriso sempre que me dirigia àquele local aqui homenageado. Os tempos complicaram-se, terminei uma relação de ano e meio com a minha namorada, cortei relações com alguns colegas, vi grandes amigos partirem para outras cidades por motivos de progressão de estudos... Mas por muito complicada que a vida parecesse estar a tornar-se, tinha sempre ali, naquele espaço físico e psicológico que era a Beneficiência, aquele grupo de pessoas que eram agora tudo menos estranhos. Apesar de se ter tornado um refúgio à minha vida "real", tornara-se também o grupo de pessoas com quem eu podia contar, que estavam sempre lá para mim, e que, num curto espaço de tempo, se tornaram alguns dos meus melhores e mais incondicionais amigos. Mais do que isso. Tornaram-se a minha Familia. Fui integrado com o parentesco de primo, e entreguei-me de corpo e alma àquela experiência que se tornaria uma das maiores alegrias e sensações da minha vida adolescente. A Família! E chamar-lhe experiência é extremamente subjectivo. Não há maneira de descrever por palavras aquilo que este conceito representa. As sensações, as amizades, a confiança, a tranquilidade... Se alguém que está a ler isto (eventualmente apenas familiares, mas finja-se que há pessoas de fora a ler) souber do que eu estou a falar, digo sinceramente. Têm uma das melhores alegrias que se pode ter na vida, não larguem essa amizade por nada!

E enfim. É extremamente tarde, estou com umas résteas de moca que me pesa na cabeça, e tenho sono. A noite foi passada com a Família, bem preenchida de todos os ingredientes que, não sendo tão importantes como os factores humanos, fazem destas noites tão mágicas. Se tiveram paciência de ler isto, agradeço-vos, e espero ter sabido transmitir efectivamente o que me vai no íntimo relacionado com esta questão.

Termino portanto com um enorme...
... ORIGADO FAMÍLIA! Amo-vos!


Última edição por ChicoQuaseReabilitado em Sáb Dez 27, 2008 10:10 am, editado 1 vez(es)
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TropeçaNaPila

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MensagemAssunto: Re: O início da minha Juventude Familiar   O início da minha Juventude Familiar Icon_minitimeSáb Dez 27, 2008 4:13 am

LOOOL temos artista. Li tudo até ao fim pois! e até li duas vezes a ver se catava algum erro ortográfico mas deves ter o detectror ligado.

ChicoQuaseReabilitado, foste uma grande aquisição para a família neste 2008. Fico contente por sentires o que eu sinto (isto pode parecer gay fora do contexto), e por gostares de estar neste espírito familiar. Ainda bem que a tua vida melhorou depois de te teres juntado a nós. Dantes eras o ChicoCarocho, agora és o ChicoQuaseReabilitado. É para isto que a família serve!

"A beneficiencia é muito mais que um sítio, é um estado de espírito"

PS: lembro-te que n se pode dizer o nome real nos posts Razz
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Sir Gregalot

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MensagemAssunto: Re: O início da minha Juventude Familiar   O início da minha Juventude Familiar Icon_minitimeSáb Dez 27, 2008 9:26 am

TropeçaNaPila escreveu:

"A beneficiencia é muito mais que um sítio, é um estado de espírito"

PS: lembro-te que n se pode dizer o nome real nos posts Razz

Tão mas eu disse o nome real d alguem?


EDIT: Oops. Corrigido =P
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MensagemAssunto: Re: O início da minha Juventude Familiar   O início da minha Juventude Familiar Icon_minitime

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